A história da ópera: saiba como tudo começou

A ópera é uma arte conceituada que está presente no mundo há centenas de anos. Assim, entenda a sua origem e o seu desenvolvimento no Brasil. Além disso, descubra dicas para começar os estudos e aprender a praticar.

Entenda o que é ópera e como ela surgiu

Vinda do período Barroco, esse gênero artístico surge no século 16 na Itália. Dessa forma, ele mistura elementos musicais e teatrais ao contar uma história. Enfim, este estilo se posiciona dentro do drama e suas apresentações podem exibir falas ou não.

Como esse gênero artístico se formou?

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Ópera é uma palavra que vem do italiano e significa obra. Mas, o termo só surgiu mais tarde, porque no início os musicais da época eram chamados de dramma per musica e favola in musica. De modo respectivo, drama musical e fábula musical.

Neles, os atores recitavam as falas ao som de uma orquestra. Assim, “Dafne” surge no fim do período Renascentista, em 1954, como a primeira peça do gênero.

Escrita por Jacopo Peri e Ottavio Rinuccini do grupo de elite Camerata, ela conta a história de uma tragédia grega. Aliás, esse tema estava presente na maioria das obras do estilo, junto com cantos carnavalescos italianos.

Uma união cultural

Eles buscavam unir canções gregas ao drama, para representar as tragédias dessa antiga cultura. Além disso, no mesmo período surgiam os madrigais italianos que tinham uma estética musical forte e temáticas conectadas à literatura. Os seus temas ligavam-se à:

  • Cultura do país;
  • Histórias de heroísmo;
  • Batalhas;
  • Temas pastoris e depravados.

Dessa forma, eles eram os responsáveis por criarem efeitos sonoros que representavam emoções e atitudes, por exemplo, risos, suspiros e lágrimas.

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As bases do estilo

O primeiro grupo contribuiu, em especial, para a parte teatral da ópera. Por outro lado, os madrigais, forneceram a linguagem musical.

Claudio Monteverdi foi pioneiro em juntar drama e música neste segundo modelo. Dessa maneira, revolucionou a arte unindo a história às letras musicais.

Veja como as exibições ganharam fama

Nos séculos 17 e 18 essa arte ganhou destaque na Europa entre as classes ricas, como a burguesia. Mas, antes disso, o gênero não era bem visto pela alta sociedade que o achava exagerado.

Isso mudou em 1800 e 1900, quando o estilo alcançou o auge da sua fama. Então, Jean-Baptiste Lully foi o grande responsável pelo seu sucesso na França, que hoje é um dos maiores centros para essa arte.

A Ópera no Brasil

Nessa mesma época o gênero ganhou força no país, em especial, com a chegada da elite portuguesa. No entanto, existem registros que mostram que já haviam encenações com música por volta do século 17.

A primeira peça desse estilo foi encenada no Rio de Janeiro em 1860. Assim, “A Noite de São João” foi um sucesso criado por José de Alencar e Elias Álvares.

Também parte da instituição, Antonio Carlos Gomes fez história alguns anos depois com uma adaptação do texto de Alencar, “O Guarani”.

A peça se caracterizou como a primeira composta por um brasileiro a alcançar destaque e crítica no exterior. De fato, ainda hoje, sua fama permanece ao redor do mundo.

O estilo nos dias atuais

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A ópera continua a desenvolver-se no Brasil com elementos típicos da cultura nacional. Nesse sentido, vários sucessos foram lançados nos últimos anos como:

Características de uma ópera

O enredo é contado por meio das músicas feitas pelo compositor. Por outro lado, o roteirista que cria o libreto com a história do espetáculo. Em geral, a peça é exibida em latim, italiano ou francês por causa de suas origens. Assim, elas acontecem em teatros específicos.

Sempre acompanha um grupo musical ou até mesmo uma orquestra completa. Sua estrutura inicia com uma abertura instrumental. Em seguida, a peça alterna-se em atos, gerados por etapas de:

  • Fala cantada;
  • Chamadas recitativos;
  • Árias que são os solos.

Enquanto isso ocorre, todos os outros personagens fazem o coro, que é responsável por comentar o enredo. Aliás, em alguns casos, a apresentação é composta também por figurantes e bailarinos.

Tipos de óperas

Entre os estilos do gênero existem dois principais, a Buffa ou cômica e a Séria. Assim, a primeira é marcada por um número maior de recitativos e temas irônicos.

O segundo estilo caracteriza-se pelo drama e participação de uma orquestra, com traços históricos da construção do gênero.

Ainda, existem várias outras categorias como a Grand Ópera, a de Pequim e a Opereta.

Conheça algumas das obras mais famosas no gênero

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Algumas peças ganharam destaque ao longo dos anos. Portanto, mesmo com o passar do tempo, apresentações clássicas ainda são comuns. A seguir, veja alguns exemplos famosos:

  • “L’Orfeo” de Claudio Monteverdi, lançada em 1607;
  • “Armide” de 1686, criada por Jean-Baptiste Lully;
  • “Le Nozze Di Figaro” de 1786 e “A Flauta Mágica” de 1791, escritas por Mozart;
  • “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioacchino Rossini em 1813;
  • “Tristão e Isolda” de Richard Wagner, estreada em 1865;
  • “II Guarany” por Carlos Gomes, de 1870;
  • “Carmen”, escrita por George Bizet, de 1875;
  • “Salome” de Richard Strauss, estreada em 1905;
  • “O Fantasma da Ópera”, adaptado do livro de Leroux, por Andrew Webber em 1986.

“Eurídice”, criada em 1600 pelos mesmos autores de “Dafne”, é a obra mais antiga, ela foi feita para a segunda boda do rei Henrique IV com Maria de Médici.

Qualquer um pode cantar ópera?

Toda pessoa que deseja entrar no mundo do canto pode aprender e aprimorar-se em qualquer estilo. Assim, o que muda em cada gênero são as técnicas vocais que serão usadas.

Aqui, o estilo é o canto lírico ou erudito, marcado por grande intensidade na voz. Em geral, os cantores não usam microfones nas apresentações. Por isso, é essencial desenvolver a potência.

O intérprete do estilo deve apresentar muitas virtudes e treinar para aumentar sua extensão vocal. Porque, é preciso estar preparado para atender a demanda da peça e suas regras. Assim, o intuito é ser fiel ao que o autor escreveu e não improvisar.

Dicas para iniciantes

É importante procurar ajuda profissional para não prejudicar a voz, já que este estilo é mais exigente do que o canto popular e requer um domínio muito maior. Mas, veja a seguir algumas dicas básicas para quem está iniciando:

  • Use sempre a respiração diafragmática;
  • Conheça a extensão da sua voz e treine com composições para o seu tipo vocal;
  • Para atingir tons mais agudos ou mais graves, faça exercícios graduais;
  • É essencial praticar um pouco todos os dias;
  • Aprenda a ler partituras, já que elas são parte vital do gênero;
  • Sempre aqueça a voz antes de começar a treinar e depois, faça o desaquecimento.

É vital não forçar as pregas vocais, a potência não deve vir com desconforto. Assim, existem técnicas para realizá-la de forma saudável e exercícios corretos para tal.

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Principais cantores de ópera do mundo

Existem nomes de fama mundial que ganharam espaço por causa de seus talentos e preparo. A seguir, veja figuras nacionais e internacionais que alcançaram destaque na área:

  • Maria Callas;
  • Giuseppe Verdi;
  • Luciano Pavarotti;
  • Andrea Bocelli;
  • Franco Corelli;
  • Plácido Domingo;
  • Irina Konstantinovna;
  • Jose Carreras;
  • Ivan Kozlovsky;
  • Jean William;
  • Carla Maffioletti.

O próximo cantor lírico de renome pode ser você

Use todas essas dicas e faça como os intérpretes dessa lista. Assim, continue a treinar, desenvolva o seu talento e supere os obstáculos.

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